quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CUBILLAS


Teófilo Juan Cubillas Arizaga (Puente Piedra - Lima, 8 de março de 1949) é um ex-jogador de futebol peruano, considerado o melhor jogador de todos os tempos do futebol peruano[1] e um dos melhores da América do Sul.[2] Integra a lista dos 50 melhores jogadores do Século XX elaborada e publicada pela FIFA em 2004.[3]
Pela Selecção Peruana de Futebol conquistou a Copa América 1975 e participou nas Copas do Mundo de Mexico 70, Argentina 78 e Espanha 82.
Foi um médio ofensivo dotado de uma técnica extraordinária, potência, mudança de ritmo, habilidade para o remate e uma grande capacidade goleadora. Seus tiros livres de média e longa distância foram famosos pela precisão com que os executava.
É o máximo goleador da sua selecção e o 8º maior artilheiro na história das Copas do Mundo.

Primeira Divisão

Estreou-se aos 16 anos, jogando pelo Club Alianza Lima. Na sua segunda temporada converteu-se no máximo goleador do Campeonato Peruano de Futebol com 19 golos e aos 18 anos já era o melhor jogador do seu país. Em 1967 joga a sua primeira partida internacional, em que o Alianza Lima vence o Independiente da Argentina por 6-1, com Cubillas a apontar 2 golos. A sua fama de grande jogador estende-se por toda a América do Sul.
Em 1971 fez parte de um combinado de jogadores do Alianza Lima e do Municipal, que numa digressão derrotaram o Benfica de Eusébio e posteriormente em Lima golearam por 4-1 o Bayern de Munique de Beckenbauer, Maier e Müller, numa noite muito recordada no Peru pela ampla superioridade demonstrada sobre o campeão europeu e pelo concerto de "túneis", "tabelinhas" e fintas dado por Cubillas e Sotil (outro craque da época), que levou a que fossem baptizados como "a dupla de ouro".
Em 1972 foi eleito melhor jogador da América do Sul, prémio realçado pelo facto de nesse ano o segundo lugar ter sido atribuído nada menos que ao Rei Pelé.[4] Nesse mesmo ano foi também o artilheiro da Copa Libertadores.
Em 1973 integrou a selecção da América que enfrentou a da Europa de Cruyff, Eusébio e Beckenbauer. A partida terminou 4-4, tendo a selecção da América vencido por 7-6 nos penalties. Nessa noite, Cubillas jogou ao lado de outras figuras sul-americanas como Roberto Rivellino, Fernando Morena, Paulo Cézar Lima, Miguel Brindisi, Víctor Espárrago, Héctor Chumpitaz e outros.[5]
Em julho desse mesmo ano emigrou pela primeira vez, assinando pelo FC Basel, da Suíça, onde permaneceu apenas seis meses. Transferiu-se depois para o FC Porto, onde jogou 3 temporadas com a camisola 10, marcando 65 golos em 108 partidas oficiais e sagrando-se goleador, capitão e ídolo. Ainda hoje é considerado um dos melhores estrangeiros que já jogaram no clube e no futebol português.
Depois da sua passagem por Portugal, em 1977 decidiu voltar ao Peru para jogar novamente pelo Alianza Lima, junto de outras figuras como Cueto, Velasquez e Sotil, formando uma das melhores equipas na história do clube, que conseguiu o bicampeonato em 1977 e 1978.
Posteriormente, em 1979 transferiu-se para a North American Soccer League, onde na época jogavam alguns dos melhores futebolistas do mundo, para alinhar nos Fort Lauderdale Strikers ao lado de destacadas figuras como Gerd Müller, Figueroa, George Best e Bernd Hölzenbein. Cubillas jogou cinco temporadas no clube, sagrando-se o melhor jogador e máximo goleador da sua história.
A sua despedida oficial foi em 1986, com 36 anos de idade, depois de vinte anos jogando futebol, numa partida memorável onde participaram diversas estrelas de todo o mundo.
Em 1987, na sequência do trágico acidente aéreo em que morreram todos os jogadores do Alianza Lima, Cubillas voltou a jogar pelo seu clube nas 13 jornadas restantes, conseguindo o vice-campeonato.
Em 2008 a IFFHS reconhece-lhe 268 golos em 469 partidas oficiais em torneios de primeira divisão, designando-o como um dos centrocampistas mais goleadores da história do futebol, superando outros grandes do mundo como Zidane (95), Baggio (205), Platini (207), Rivaldo (229) e Maradona (259).
Cubillas foi considerado um dos melhores futebolistas do mundo nos anos 70 e foi um dos jogadores mais completos que se viu jogar. É também um dos 50 futebolistas mais votados como Melhor Jogador em todos os rankings históricos que se fizeram no final do Século XX.

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